Não sei o que se deu com ela. Não tem nada a ver com 'criar polêmica'. Primeiro porquê definitivamente não tenho essa intenção e em segundo, porquê nem que quisesse eu conseguiria. O alcance dessas considerações -assim como deste blog- é bem limitado, muito pessoal e repleto de parcialidade e passionalidade.
Por isso mesmo esse espaço está aqui para evidenciar aquela Patrícia cuja imagem foi se perdendo pouco a pouco, e que hoje, sobrevive apenas nos registros da memória dos fãs e de algumas saudosas gravações. Não, não estou falando de talento, de musicalidade, de dom. Essas são suas qualidades invencíveis, por mais que possam também tentar combatê-las. Mas parece que apenas essas agora lhe são importantes...
E é aí que os questionamentos começam e não terminam mais...
Pra que esconder as tantas outras inumeráveis qualidades que possui, meu Deus? Qualidades conjuntas que foram fundamentais para que você nos conquistasse além dos ouvidos...
E assim como eu, tantos outros fãs do seu trabalho e da sua pessoa, perguntamos: o que houve?
Patrícia parece que se esquivou de toda sua juventude, de toda sua espontaneidade, de toda sua vivacidade. Mais que fugir do recente passado de glória, ela parece tentar enterrá-lo precocemente.
Não. Não é questão de idade, maternidade, estado civil, religião, ou qualquer bandeira filosófica. Patrícia se encontra tolhida, reclusa, forçosamente comedida. Diria mais: enclausurada.
Quem -ou o quê- fez isso contigo, meu bem?
E também não é o saudosismo de um maníaco fantasioso, metido a pensador, que exige que o tempo não possa passar, que as pessoas não possam amadurecer e mudar. Não é isso. Por mais que eu seja parcial e passional nas minhas opiniões -como eu assumi lá no começo, aqui a idéia ganha os ares da estranheza daqueles que em diversas vezes não reconhecem mais ambientes outrora seguros, familiares, calorosos.
A coisa é muito mais profunda e séria pra quem está de fora e acompanha todos seus passos. Não é possível que aqueles admiradores mais atentos não percebam essa diferença de postura, que não sintam na pele e no coração uma fria saudade de algo que pode não voltar mais...
Talvez não te questionem por te amarem com tanto respeito e zelo que não se permitem sequer enxergar os fatos. Talvez, porquê assim poderiam continuar a permanecer ao seu lado, a te acompanhar...
Só sei que eu mesmo encontrei extrema dificuldade para escrever esse texto, mas nesse caso, especular e refletir não tira pedaço. Talvez, se perguntasse aos teus fãs mais próximos o que acham, lhe diriam... Ou não, não sei. Frente à frente -ou à distância- é sempre muito difícil saber a dose certa da sinceridade, da preocupação e da curiosidade de quem questiona...
Onde anda aquela que a tantos encantava pelo carisma, vibração e simplicidade? Sentimos agora alguém relativamente distante, transportando pesos artificiais. Não é simplesmente uma pessoa reservada, mas sim alguém escondido forçosamente sob um pesado véu de restrições e expressões. Seu rosto e seus gestos emagreceram...
Sim, eu sei que para cada um, a vida e as coisas da vida possuem valores diferenciados. E é por isso mesmo que penso que possa ser ainda mais triste, você mesma ter escolhido deixar totalmente para trás aquela Patrícia... por simples querer.
Exagero? Por esse lado, pode ser também...
Fruto do meu saudosismo...
Fruto do meu saudosismo...
Quiçá, Patrícia seja a borboleta que voltou ao abrigo do casulo...
De qualquer jeito, ainda esperamos -esperançosos- pequenina parcela daquela menina... Mínima que seja!
Ainda há tempo, doçura!
Sempre há...
Sempre há...
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